quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Direto do Orkut de Chintia...


O que é que é isso?
Mutação?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Por que morcegos ficam de cabeça para baixo?


Essa posição facilita a saída dos morcegos para o vôo. A característica tem a ver com o fato de que eles são os únicos mamíferos que voam. Várias estruturas desses animais sofreram mudanças durante sua evolução, em um período de cerca de 50 milhões de anos, para que eles adquirissem o hábito de voar.

Os morcegos se desprendem do local onde estão, abrem as asas, planam e em seguida, batem as asas. "Para que esses animais possam ficar de cabeça para baixo por longos períodos, houve a rotação em 180 graus dos seus membros inferiores: isto é, as plantas dos pés desses animais se voltaram para frente", disse a bióloga Susi Missel Pacheco.

A circulação do sangue também foi modificada. Artérias e veias têm válvulas que, ao serem contraídas, fazem o sangue circular para cima, o que garante que todos os órgãos do corpo recebam oxigênio mesmo quando ele está de cabeça para baixo, explicou a bióloga.

Além disso, os tendões - cordões fibrosos que se ligam aos ossos e músculos e têm a função de flexionar as articulações - permitem que os morcegos prendam-se firmemente pelas garras dos pés a qualquer lugar. Os morcegos podem ser encontrados pendurados de cabeça para baixo até quando estão mortos. "A musculatura e a força imposta pelos tendões permanece mesmo após a morte", afirmou a bióloga. É também nessa posição que morcegos têm seus filhotes.


Os animais sonham?


Você alguma vez já percebeu que seu cachorro ou gato se mexe enquanto dorme, ou emite sons durante o sono? Pois saiba que o bichinho pode estar sonhando. "O sonho de um gato ou cachorro pode ser influenciado pelo ambiente em que ele convive. Se o animal vive em um ambiente barulhento e onde ele não recebe atenção, poderá dormir pouco, se tornando estressado e solitário", avisa a psicobióloga Silvia Helena Cardoso.

Por outro lado, os bichos que vivem em um ambiente tranqüilo e recebem carinho e atenção tendem a ter o sono mais tranqüilo. De acordo com Silvia, as afirmações levam em conta registros de exames feitos em diversos animais.

Conforme a especialista, é importante ainda respeitar os animais durante o descanso e deixar que eles durmam tranqüilamente. "O momento em que o sono é mais profundo, conhecido como REM, é necessário para o equilíbrio e bem-estar dos bichos", salienta. Ela ressalta que estudos mostram que o sono REM só se apresenta em aves e mamíferos, ou seja, animais de sangue quente. Entre eles estão ratos, gatos, cães, macacos e elefantes. "Experimentos com animais como répteis, por exemplo, não apresentaram indícios de sono REM", destaca Silvia.

Já o Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicou um estudo no qual se tentou investigar o conteúdo dos sonhos dos animais. Analisando os padrões cerebrais de ratos em estado de alerta e depois quando os bichos estão dormindo, os cientistas do MIT conseguiram criar uma base de comparação de dados. Conforme o experimento, realizado em 2001, foi possível identificar que os ratos sonham com atividades ligadas à rotina do dia-a-dia como, por exemplo, correr em um labirinto, ou então com comida.

Conforme a pesquisadora Silvia, a quantidade de sono nos animais é inversamente relacionada ao grau pelo qual as espécies devem lidar com o perigo predatório, ou seja, as espécies vulneráveis a predadores tendem a dormir menos. "Alguns animais grandes como elefantes, vacas e cavalos também dormem pouco, pois gastam grande quantidade de tempo fazendo estocagem de alimentos", explica.

Os peixes sentem sede?


Para saber se os peixes sentem sede, primeiro é preciso definir: o que é sentir sede? O professor de fisiologia animal comparada da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) Euclydes Antônio dos Santos Filho define como a sensação que conduz o animal à busca de água.

Ele explica que os animais precisam ter um balanço adequado entre a quantidade de água em suas células e as partículas sólidas dentro das células. Humanos e outros animais terrestres perdem água a toda hora - suando ou na respiração. Quando o cérebro percebe a perda de líquido, aciona a sensação de sede para os repor.

Tudo bem, mas e os peixes? Santos diz ser impossível saber se eles sentem sede, por uma razão muito simples: "Ninguém sabe o que um peixe realmente sente". Além disso, não faz muito sentido pensar na sede comum, de buscar água - afinal, eles estão na água o tempo inteiro.

"Os peixes de água doce têm uma tendência contínua de ganharem água, e não de perderem", explica Santos. A água entra principalmente pelas brânquias, por osmose. Como estão sempre ganhando água, não devem sentir sede, arrisca.

Por outro lado, os peixes marítimos podem ser os que mais chegam perto de sentir sede como nós. Como eles têm menor concentração de sólidos em seu corpo do que na água do mar - que é rica em sais -, tendem a perder água pelas brânquias em vez de ganhar. Por isso, passam bebendo a água que perdem, e o aparelho digestivo trata de retirar o sal, que sai também pelas brânquias.

Ou seja: se é que algum peixe sente sede, é mais provável que seja uma anchova, de mar, do que um lambari, de rio.


Como e por que os camaleões mudam de cor?

Répteis da ordem dos lacertílios, a mesma dos lagartos e lagartixas, os camaleões se alimentam basicamente de insetos. Na hora da caça, ele se movimenta lentamente para não assustar sua presa, conta o professor de Biologia Daniel Pereira Rocha: "O sucesso da captura depende de sua língua protáctil, que pode atingir quase um metro na velocidade de um piscar de olhos", conta. Esta lentidão, porém, facilita o ataque de seus predadores, motivo pelo qual o camaleão imita a cor do ambiente onde se encontra, processo conhecido como camuflagem.

Ser confundido com o ambiente é uma estratégia de caça e de defesa. Ao assumir a cor do local onde está - como uma folhagem, um galho ou tronco de uma árvore - o camaleão se camufla para capturar insetos e não ser visto por seus predadores, como cobras e aves de rapina.

Rocha explica que cérebro do animal interpreta as cores do ambiente, por meio da visão, e libera hormônios que atuarão nos cromatóforos da pele, as células que dão cor ao animal, ocasionando a mudança. O professor diz ainda que a camuflagem ocorre involuntariamente, e que cada uma das mais de 80 espécies de camaleão possui um gama de pigmentos própria, em geral nos tons amarelos, marrons ou avermelhados.

Rocha ressalta que um camaleão cego provavelmente não sobreviveria na floresta, já que não poderia ver a caça ou o predador: "Ele morreria de fome ou seria comido rapidamente por outros animais logo após a eclosão do ovo. Se ficar cego depois de adulto, morrerá pelo mesmo motivo. Sem ver a luz, o cérebro não dá comandos para imitar o ambiente".


Por que ninguém conhece a cabeça do bacalhau?




Grande parte dos brasileiros não conhece a cabeça de bacalhau porque o Gadus morhua, nome científico do verdadeiro bacalhau, não existe no País, informou o oceanógrafo da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Luciano Gomes Fischer. Além disso, após ter as vísceras retiradas, o bacalhau passa por um processo de salga e cura, onde é retirada em média 50% da sua umidade, e nesse processo é também retirada a cabeça do peixe, que não tem valor comercial e impede a salga.

Como todo o bacalhau que entra no Brasil é importado salgado e seco, as alternativas para ver a cabeça de um legítimo bacalhau são através de fotografias, em coleções científicas, ou ainda viajando para os mares do Norte. O bacalhau tem sua origem em um peixe nobre que vive nos mares limpos e frios do Atlântico Norte cuja carne, seca e salgada, é muito apreciada na culinária internacional. Os maiores produtores de bacalhau do mundo são Noruega, Islândia, Portugal, Espanha, Itália, França e Canadá.

Atualmente, existem cinco tipos de peixes salgados e secos no mercado brasileiro, importados da Noruega e de outros países, mas apenas dois podem tecnicamente receber a denominação "bacalhau" - Atlantic Cod Gadus morhua ou Legítimo Bacalhau do Porto e Pacific Cod Gadus macrocephalus ou Bacalhau do Pacífico (um "clone" do legítimo; o G. macrocephalus é pescado no Pacífico Norte e é muito parecido com o legítimo quando salgado e seco, mas é completamente diferente quando preparado, porque é mais fibroso, não se desmancha em lascas e seu sabor é totalmente diferente. Os demais (Saithe, Ling e Zarbo) deveriam ser classificados como peixes salgados e secos, mas convenientemente também recebem no comércio a denominação de bacalhau. Confira.

O Legítimo Bacalhau do Porto alcança bons preços no mercado, que variam de acordo com o exemplar, peixes maiores são mais caros porque são mais raros de serem capturados e mais desejados.

O Tarsius

Primata que não era visto desde 1921 é encontrado na Indonésia

O tarsius tem o tamanho de um rato e pesa cerca de 50 gramas. Segundo a pesquisadora que comandou o estudo, há outros primatas por descobrir na Indonésia

 Reprodução

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas encontrou um grupo de primatas que se pensava extinto há mais de 85 anos. O tarsius pigmeu é um animal do tamanho de um rato e que pesa cerca de 50 gramas. Ele lembra um furby, personagem peludo de brinquedo lançado nos anos de 1990. A última vez que um tarsius foi visto com vida foi em 1921, apesar de dois indonésios terem acidentalmente capturado e matado um exemplar em 2000.

Liderada por Sharon Gursky-Doyen, uma antropóloga especializada em primatas não-humanos, a equipe capturou três destes animais de hábitos noturnos no fim de agosto. O que distingue a espécie, segundo a pesquisadora, é que ao contrário dos outros primatas, o tarsius possui garras em vez de unhas – uma possível adaptação ao meio repleto de musgo onde vivem.

 Reprodução

Para chegar os tarsius, os cientistas utilizaram 276 redes. Eles capturaram dois machos e uma fêmea que vivem no Parque Nacional Lore Lindu, em Sulawesi, na Indonésia. Após capturarem os animais, os estudiosos colocaram colares com radiotransmissores para monitoramento.

Além do desafio de encontrar exemplares vivos da espécie, a equipe de Gursky-Doyen tinha como objetivo identificar comportamentos maternais não-usuais desses primatas e sua relação com os ciclos lunares.

A pesquisadora americana começou sua pesquisa na região central da Indonésia em 1993. Sua principal assistente é a aluna de graduação Nanda Grow, com quem irá escrever a dissertação com os resultados do estudo. Com a pesquisa patrocinada por diversas entidades de porte, como a National Geografic Society, Gursky-Doye pretende tirar a espécie do esquecimento. Mas isso não é tudo. “Existem espécies de primatas a serem descobertas na Indonésia. Nem todas foram vistas, ouvidas e descritas”, diz a pesquisadora.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Selvagens: O lobo

Características

O lobo é um animal selvagem, mamífero, aparentado com o chacal e o cachorro doméstico. É carnívoro e pode medir até 1,60 m de comprimento, incluindo a cauda (de 45 cm), e geralmente tem 85 cm de altura. Pesa em média 50 ou 60 kg. Tem dentes muito poderosos e cauda peluda. Diferencia-se do cachorro doméstico por determinadas características dos ossos do crânio. O lobo tem os flancos finos, ossos e músculos salientes. Os olhos, brilhantes como brasas, não são dispostos horizontalmente, como os dos cães, mas em linha oblíqua. Vive em média de 16 a 20 anos, e pode correr a 45 km/h.

Habitat

Vive hoje nas regiões setentrionais da Europa, Ásia e América. O lobo raramente se isola de seu círculo familiar. Na primavera, a fêmea escolhe um abrigo, junto a uma rocha ou sob uma árvore, e aí prepara um leito de folhas e pêlos, para dar luz à seus filhotes.

Lobo.

Lobo Guará

Seu nome científico é Chrysocyon brachyurus. É um animal mamífero e carnívoro, e está classificado como um animal vulnerável. Família dos canídeos. Ele é o maior canídeo sul-americano, com cerca de 20 a 32 kg. Seu nome popular vem da pelagem amarelo - avermelhada. Vive em campos cerrados, e ocorre a presença do lobo-guará em alguns países da América do Sul: Brasil, Bolívia, Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai.

Locais onde existe Lobo Guará

Locais onde ocorre a presença do Lobo Guará. Lobo Guará.

Vida social

Forma grupos familiares e costuma caçar em bandos, nos quais existe hierarquia, sobretudo no inverno. É de hábitos noturnos e evita o homem. Pais e crias constituem a unidade básica do grupo, que se estabelece em um território e o defende marcando-o com urina e fezes. Os lobos têm uma estrutura social muito hierarquizada e mostram modelos de comportamento concreto para informar sua posição social de domínio ou submissão. O lobo emite um uivo muito peculiar, que é mais fácil de ser ouvido durante o acasalamento, no inverno.

O lobo é um animal predador com o qual o cão pode se hibridar; há muitas subespécies geográficas que se diferenciam em porte, pelagem e forma. Caçado devido aos estragos que provoca quando em matilhas, desapareceu de algumas regiões, mas é protegido por diversos países, como o Canadá, onde estes ajudam a controlar a multiplicação dos cervídeos.

Lobo-Cinzento

O lobo-cinzento é uma das 35 espécies de mamíferos que pertencem à família dos Canídeos, na qual se incluem o coiote, o chacal, a raposa e o cachorro. Acredita-se que essa família se originou na América do Norte, durante o Eoceno. A área de distribuição do lobo-cinzento se estende pela América do Norte e pela Eurásia. Ocupa uma grande variedade de habitats, incluindo zonas montanhosas, planícies, florestas, a tundra e a taiga.

Lobo

Pré- História

Na época da pré-história, havia o grande lobo do Pleistoceno - Canis dirus (cão terrível) - e tinha cerca de 2 metros de comprimento.

Classificação científica

  • Família - Canídeos
  • Ordem - Carnívoros
  • Classificado como Canis lupus

Marinhos: A foca

Características das focas

As focas são de sangue quente e amamentam as crias. Ela é a menor espécie dos oceanos, com o comprimento de 1,40 m e 90 kg. Tem geralmente a cor cinza chumbo, algumas vezes, com riscas brancas ou manchas em todo o corpo. Nas "focas-peludas", os machos apresentam a cor do pêlo mais escuro que as fêmeas.

Os pés e as mãos são as nadadeiras, onde os dedos estão ligados por membranas, formando uma superfície de bom tamanho para favorecer o deslocamento na água. Tudo isso lhes permite nadar com agilidade de peixe, embora tenham a pele coberta de pêlos.

O pescoço é pouco notável, parecendo a cabeça ligada diretamente ao tronco. O revestimento do corpo - uma espessa epiderme coberta de pêlos, sobre uma camada grossa de gordura - protege-os contra o frio e é um bom motivo para que habitem os mares da região polar. As focas podem viver de 25 a 35 anos, porém, já foi registrado uma foca com 40 anos.

Foca.

Otárias

A palavra "otária" deriva do grego e quer dizer "orelha pequena". As focas verdadeiras, da família dos Focídeos, são ditas "sem orelhas", o que é a pura verdade. Essa carência de orelhas entre os pinípedes não lhes afeta a audição, aliás, seu sentido é o mais desenvolvido. Além disso, possuem olfato bom o bastante para permitir a caça na águas profundiais, aonde chega pouca luz.

"Otárias", recebem este nome por terem pavilhões auditivos externos, embora sejam pequenos e rudimentares. Esses animais elevam o corpo do solo quando se deslocam em terra e se apóiam sobre as nadadeiras anteriores e posteriores. Dividem-se em dois grupos: os leões ou lobos-marinhos e os ursos-marinhos. Os primeiros são os maiores animais desse grupo. Os ursos-marinhos são muito parecidos, mas diferem dos leões-marinhos pela pelagem interior, muito mais abundante e sedosa e pelo focinho mais pontiagudo.

Acasalamento e gestação

Na região polar, o sol da primavera já derreteu quase totalmente toda a neve, e os machos, lentamente, chegam à costa. Todos preferem ficar mais próximos da água, e brigam e se mordem, enquanto lançam gritos e mugidos. Depois de alguns dias de luta, cada um já sabe qual é o seu lugar. As fêmeas chegam com o verão, e os machos se precipitam para a água. Os primeiros que ganham o mar são os favorecidos no sentido de conquistar o maior número possível de fêmeas, que eles guiam para suas tocas. É a época do acasalamento anual.

Oito a doze meses depois nascem os filhotes, de que as fêmeas tratam cuidadosamente. Costumam procriar sempre no mesmo local e para isso têm, às vezes, de atravessar a nado grandes distâncias. As "focas-peludas" só procriam nas ilhas Pribilof, no mar de Bering, defronte às costas do Alasca, e para chegar aí têm de nadar quase 5 mil quilômetros.

Filhotes

As pequenas focas têm muito temor da água. Somente com dois meses de vida, querendo ou não, são levadas para o mar pelas mães, que as ensinam a nadar. Quando os filhotes, já robustos, se convertem em hábeis nadadores, toda a colônia regressa ao mar e efetua grandes migrações até a primavera seguinte.

Foca e seu filho.

Focas verdadeiras

As focas verdadeiras carecem de pavilhões auditivos externos. O pescoço é mais curto, menos flexível e as nadadeiras anteriores são menos desenvolvidas. Quando estão fora d'água, locomovem-se arrastando-se pelo chão. Os elefantes-marinhos são as maiores focas e receberam esse nome não apenas devido a seu tamanho, mas também pela presença, nos machos, de uma tromba curta ou proboscide, que pende sobre a boca.

Caça

A carne e a gordura são empregadas na alimentação e combustível. A pele, duríssima, é utilizada para encobrir embarcações pequenas e fazer diversos tipos de roupas. Os ossos são transformados em instrumentos e armas. Até as vísceras são úteis, como alimento para os cães de trenó.

Os pinípedes são perseguidos pelas grandes e ferozes orcas (baleias carnívoras) e pelos ursos-brancos. Porém, seus inimigos mais implacáveis são os caçadores profissionais, que os matam para vender a pele e a gordura derretida: de um elefante-marinho podem-se extrair quase 1.000 litros de banha. Hoje, as leis restringem sua caça a fim de evitar-lhes a extinção.

Mergulho

Na busca de peixes, moluscos e crustáceos alcançam freqüentemente profundidades de 60 metros. Nessas incursões contam com um sistema de proteção que lhes permite ficar imerso por cerca de 20 minutos, sem correr o risco de asfixia nem o de rompimento dos tímpanos pela forte pressão pois, assim que mergulham, o canal auditivo é protegido por um músculo que obstrui sua entrada. As pulsações do coração vão caindo de cem para dez por minuto e, assim, o oxigênio dos pulmões é consumido mais lentamente. No mergulho, diminui a irrigação sangüínea da pele, passando mais sangue pelo coração e cérebro, órgãos que necessitam de oxigenação perfeita. Suas narinas são naturalmente fechadas - importante para que não sufoquem -, só se abrindo com esforço voluntário.

Urso-Marinho

O urso-marinho do hemisfério sul, que habita as costas antárticas é uma das 14 espécies que compõem o grupo dos Otarídeos (pinípedes com pavilhões auditivos externos). São animais polígamos e, no princípio de outubro, reúnem-se nas praias, formando colônias reprodutoras formadas por milhares de indivíduos.

Foca.

As fêmeas reprodutoras se alimentam exclusivamente de um crustáceo chamado krill. Os machos também comem pingüins e peixes. Embora muitos dos otarídeos tenham sido dizimados pela caça, a população de ursos-marinhos do sul, que esteve à beira da extinção em fins do século XIX, atualmente soma entre 700 mil e um milhão de indivíduos.

Leopardo-Marinho

O leopardo-marinho, a mais feroz das focas, caça mamíferos para comer. Geralmente solitário, é inimigo dos pingüins.

Classificação científica

  • Reino - Animal
  • Sub-reino - Metazoários
  • Filo - Cordados
  • Subfilo - Vertebrados
  • Classe - Mamíferos
  • Subclasse - Eutérios
  • Ordem - Carnívoros
  • Subordem - Pinípedes

Famílias:

  • Otarídeos (leões-marinhos; ursos-marinhos)
  • Odobenídeos (morsas)
  • Focídeos (focas, elefantes-marinhos)

Extinção: O panda

Espécies

Panda, nome comum que se aplica a duas espécies: o Panda-Pequeno, também chamado de Panda-Vermelho, e o Urso-Panda-Gigante.

Panda-Pequeno

É de tamanho semelhante a de um gato grande. Tem a pelagem castanho-avermelhada ornamentada de preto e branco, com a parte frontal das orelhas, as faces e o focinho brancos. A cauda é longa e peluda, e exibe um desenho de listras vermelhas e amarelas. Habita os bosques de bambu do oeste da China e do Himalaia.

Urso-Panda-Gigante

Descoberto a pouco tempo, em 1869, nas florestas de bambu do Tibet e da China ocidental. É um animal grande, muito parecido com um urso, tem até 1,80 m de altura e pesa de 75 a 160 kg.

Filhote de panda

Filhote de panda.

Alimenta-se de brotos de bambu. Tem uma pelagem longa, branca, densa e de aspecto lanoso; as patas, os ombros, as orelhas e a área dos olhos são negras. Habita os bosques frios de bambu do centro da China.

Uma modificação curiosa do urso-panda-gigante, Ailuropoda melanoleuca, é o alongamento de um dos ossos da pata dianteira, o sesamóideo radial, que forma uma espécie de polegar, com o qual o animal é capaz de agarrar e manipular com precisão os brotos de bambu que constituem sua principal dieta.

É uma espécie considerada ameaçada. Existem pouquíssimos exemplares vivos na natureza e os esforços realizados até agora para que ele se reproduza em cativeiro não têm tido muito êxito.

Veterinários da Base de Pesquisa sobre Panda Gigante de Chengdu, na China, alimentam bebês panda com aproximadamente 40 dias de vida. A China tenta assegurar que seu animal símbolo não seja simplesmente um residente de zoológicos, e demarcou um terreno de quase 14 mil km² para esses animais viverem livres.

Urso-panda-gigante

Urso-panda-gigante

Panda-Pequeno e Urso-Panda-Gigante

Urso-panda. Embora sejam geralmente incluídos na família dos raccoons, alguns zoólogos acreditam que as duas espécies de panda não são aparentadas e que o panda-gigante pertence de fato à família dos ursos.

Classificação científica dos Pandas

O Panda-Vermelho recebe o nome científico de Ailurus fulgens.

O Urso-Panda-Gigante é Ailuropoda melanoleuca.

Selvagens: A Zebra

Características

A zebra é um mamífero originário da África, habita o sul e o norte da África. É muito conhecida por sua pelagem com listras brancas e pretas, transversais, sobre o fundo mais ou menos claro, que constituem uma camuflagem perfeita em seu habitat natural. É menor que seu parente, o cavalo, e muito parecida no aspecto e nos hábitos ao asno selvagem. A zebra pode chegar a uma velocidade de 70 km/h. Pode viver em média até os 30 anos.

Tipos de zebras

As zebras vivem em grupos sociais que reúnem várias fêmeas e filhotes ao redor de um macho. Há as subespécies E. quagga antiquorum (zebra-de-chapman) e E. quagga quagga, subespécie extinta, eliminada pelos bôeres, na África do Sul; o último exemplar morreu em 1883, no Zoo de Amsterdam.

Zebras.

Zebra da Montanha

Diferentemente das demais espécies de zebras que vivem em zonas mais áridas, a Zebra-da-Montanha habita o sudoeste da África em áreas com vegetação mais abundante e densa. O desenho rajado da pelagem ajuda a romper a linha do contorno, de modo que para os predadores é difícil individualizar um animal enquanto correm em grupo.

Zebra.

Classificação científica

  • Família - Eqüídeos
  • Ordem - Perissodáctilos

Animal selvagem : Puma

Características

O puma, Felis concolor, é um felino capaz de viver tanto na montanha como no deserto, na floresta, no pântano ou no bosque. É um predador solitário. Os contatos e as possíveis lutas entre pumas (ou onça parda) são muito raros. Felino de 0,75 m de altura, 1,20 m de comprimento e 0,60 m de cauda. Um macho adulto pode pesar até 50 kg. Tem a cabeça arredondada e pequena, o corpo esbelto, pescoço grosso, olhos grandes e vasta bigodeira. Nas patas da frente, cinco dedos; nas de trás, só quatro.

Aparece no Canadá e na parte meridional da América do Sul, principalmente nas montanhas Rochosas e nos Andes. Vive tanto na América do Norte como na América do Sul.

O sanguinário

Onça parda ou puma.

Há quem o chame de covarde por fugir assim que é vista, mas a verdade é outra: embora de menor porte, a suçuarana (ou onça parda) enfrenta bravamente a onça-pintada e, muitas vezes, leva a melhor, graças a sua ferocidade.

Mas, apesar de muito sanguinário, o puma pode ser domesticado. Em algumas fazendas argentinas, há pumas que desempenham a função de cão pastor, convivendo sem nenhuma hostilidade com os carneiros.

Parentesco

Apesar de seu grande porte, a onça parda é mais aparentada com os gatos do que com a onça-pintada. Sua voz é um miado e não o poderoso esturro do jaguar.

Onça parda

Sinônimos

Também chamado de Puma, Jaguaruna, Suçuarana, Leão Americano e Leão de Montanha, por seu aspecto semelhante ao de um leão africano, embora não tenha juba. Se não ataca o homem, certamente será por uma questão de princípios - o que lhe valeu o nome de " amiga do cristão".

Alimentação

A onça parda é carnívora, ataca e trucida indiscriminadamente ovelhas, cabras, emas e lebres da Patagônia. Embora não ataque o homem, causa grandes prejuízos aos fazendeiros, degolando seu gado. É facilmente localizável principalmente à noite, nos galinheiros e currais das fazendas. Caça veados, capivaras, porcos-do-mato e outros mamíferos. É muito ágil, hábil e consegue matar também aves e macacos nas árvores.

Gestação e filhotes

Sua gestação dura por volta de 95 dias, e tem de 3 a 4 filhotes por vez. Os filhotes nascem pintados, estas manchas ficam até seis meses. Os filhotes mamam por doze semanas ou mais, mas já começam a comer carne com um mês e meio.

Classificação científica

  • Família - Felídeos.
  • Ordem - Carnívoros.
  • Espécie - Puma concolor ou Felis concolor.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Tigre

Filhote abandonado de tigre faz transfusão de sangue na Índia

Juhi, de sete meses, foi atacado por moradores de uma vila.
Agora, ele se recupera no zoológico de Nagpur.

Foto: AP

Juhi, um filhote de tigre selvagem, é atendido por veterinários no zoológico da cidade indiana de Nagpur nesta segunda-feira (17/11). O filhote abandonado, de sete meses, passou por uma rara transfusão de sangue no domingo depois de ter sido atacado por moradores de uma vila próxima.

domingo, 16 de novembro de 2008

O Sapo

Um dos menores sapos do mundo é achado em SC

Um representante da família dos menores sapos do mundo foi encontrado no norte de Santa Catarina pelo casal de ambientalistas Germano Woehl Júnior e Elza Nishimura Woehl. O minúsculo anfíbio mede apenas 11 milímetros e é menor do que uma unha.

O sapo foi encontrado na Serra do Mar, no norte de Santa Catarina, após seis anos de busca. É a primeira vez que se tem registro da espécie na região. Natural da Mata Atlântica, ele é da família dos Brachycephalidae. Historicamente, existem registros de sua ocorrência no Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Germano, um dos fundadores de uma ONG dedicada à proteção dos sapos, o Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, explica que o pequeno sapo é muito barulhento e seu coaxar é identificado durante o dia, ao contrário dos demais sapos. "Eles procuram se esconder em ambientes úmidos, e esse exemplar que encontramos estava embaixo de uma camada de folhas secas", disse.

Batizado de "sapo-pingo-de-ouro", por causa de sua cor dourada e tamanho, o minúsculo anfíbio foi devolvido à natureza depois de fotografado. O ambientalista ressalta que, infelizmente, a espécie está seriamente ameaçada de extinção. "Com o desmatamento, está cada vez mais complicado encontrá-lo", lamentou. "Sua sobrevivência está por um palito de fósforo".
Os anfíbios dessa família não apresentam a fase de girino aquático, como a maioria. A reprodução se dá por desenvolvimento direto, fora da água, isto é, os sapinhos nascem já na forma adulta a partir dos ovos depositados embaixo das folhas, galhos e troncos das árvores caídas, em decomposição, no chão da floresta.

O próximo passo dos ambientalistas é tentar o registro oficial do minúsculo sapo nos Estados Unidos. Germano não quer registrar o sapinho no Brasil, pois aqui é necessária a coleta no animal. Em 2000, o instituto Rã-Bugio registrou nos Estados Unidos a existência da rã-marrom, um anfíbio que costuma ficar enterrado no chão da floresta.

sábado, 15 de novembro de 2008

Gato ganha par de 'asas' e apelido de 'Anjo' na China



Você já viu um gato de asas? Pois saiba que eles, apesar de raros, existem. O mais novo animal a chamar a atenção do mundo nasceu na província de Qingyan, na China.
Por causa de problemas na pele, possivelmente causados por condições genéticas, e crescimento anormal da pelagem, o bichano desenvolveu as duas pequenas formações nas costas, que se assemelham a asas.
A dona do gato, no entanto, acredita que o gato foi exposto à poluição e sofreu estresse por ter sido 'cortejado demais' por fêmeas no cio.

"Ele é um anjo, e não um demônio", afirma a dona, em entrevista à agência de notícias HUashang. "Anjo", inclusive, é o apelido do animal.
De acordo com especialistas consultados pela revista Cryptozoology, as deformidades não prejudicam a vida normal do gato.

Com respiração boca-a-boca, bombeiro salva vida de gato


Felino estava em apartamento que pegou fogo, nos EUA. Ele disse que operação de resgate teve gosto de ‘pêlo de animal’.

Um gato de sorte deve uma de suas vidas a um bombeiro que fez respiração boca-a-boca no felino para ressuscitá-lo. Al Machado resgatou o animal de um apartamento que estava pegando fogo em New Bedford (Massachusetts, EUA). Um vídeo mostra como foi a operação de resgate. Questionado sobre qual é o gosto de fazer boca-a-boca em um gato, machado respondeu: “tem gosto de pêlo de animal”. O bicho está bem, mas outros dois gatos morreram no apartamento. Também com a ajuda dos paramédicos, que usaram balões de oxigênio para facilitar a respiração dos animais, dois cachorros que estavam na residência em chamas sobreviveram após o resgate. Um casal, que teve como último endereço o apartamento que pegou fogo, foi detido sob suspeita de incêndio criminoso.

Dinossauros dominaram o mundo por pura sorte

(Dinossauros? Nada disso -- todos os bichos acima são crurotársios, animais aparentados aos atuais crocodilos)

Comparação de répteis com principais rivais não revelou superioridade.
'Primos' extintos até se diversificaram mais em formas e estilos de vida.

Só os mais aptos sobrevivem. Ou não, pelo menos no caso dos dinossauros e seu reinado de quase 150 milhões de anos na Terra, afirma um estudo que acaba de ser publicado numa das mais respeitadas revistas especializadas do mundo, a americana "Science" . De acordo com um quarteto de pesquisadores, não há como afirmar que os dinos, em sua origem, tinham qualquer superioridade evolutiva frente a seus parentes e "adversários" diretos. Em outras palavras, sua vitória por tanto tempo teria sido questão de sorte. Uma extinção em massa teria deixado o caminho livre para eles.

"A grande questão é: será que, sem essa extinção em massa, eles teriam vencido os outros de forma competitiva e se tornado dominantes mesmo assim? Eu acho que não", declarou ao G1 por telefone Stephen L. Brusatte, primeiro autor da pesquisa.

A idéia de que a supremacia dinossauriana não teve nada a ver com competência circula há tempos entre os paleontólogos, mas o trabalho na "Science" dá à tese sua formulação mais forte até agora. A equipe coordenada por Brusatte, do Museu Americano de História Natural, e Michael Benton, da Universidade de Bristol (Reino Unido), buscou maneiras objetivas de medir a taxa de evolução morfológica (ou seja, envolvendo a forma do corpo, preservada pelos fósseis) dos dinos. Mais importante ainda, comparou matematicamente essa taxa ao fenômeno correspondente entre os crurotársios, parentes e principais "rivais" dos bichos.

Crocodilagem - "Crurotársios" é o nome abrangente aplicado a uma grande variedade de répteis, alguns extintos, outros ainda existentes. São primos mais próximos dos jacarés atuais (também incluídos no grupo) do que dos dinos, mas, em seu auge, assumiram todo tipo de forma, inclusive a de comedores de plantas -- coisa que nenhum jacaré de hoje faz. O que acontece é que, durante os 28 milhões de anos finais do período Triássico (fase da história da Terra que terminou 200 milhões de anos atrás), dinossauros primitivos e crurotársios viveram lado a lado. Terminado o Triássico e iniciado o Jurássico (o mesmo do título em inglês da série "Parque dos Dinossauros"), a maior parte dos crurotársios some, enquanto os dinos florescem de forma sem precedentes.

Muita gente assumia que os dinos escaparam dessa e dominaram o mundo graças a alguma vantagem intrínseca, como suas pernas eretas (melhores para locomoção rápida) ou o suposto sangue quente, como o de mamíferos e aves. Brusatte, Benton e companhia, no entanto, resolveram medir diretamente como os dois grupos evoluíram durante o fim do Jurássico. Traçaram uma árvore genealógica de 64 gêneros diferentes de ambos os tipos de bicho, levando em conta 437 características do esqueleto, usadas para saber como e quanto a morfologia dos animais foi mudando ao longo de milhões de anos.

Surpresa - O mais surpreendente é que, embora a taxa evolutiva geral (grosso modo, a taxa com que certos gêneros davam origem a gêneros novos, mas relativamente parecidos) de ambos os grupos decaiu ao longo do Triássico, a variedade de tipos corporais -- formas distintas de dino, por exemplo, como os pescoçudos quadrúpedes ou os pequenos carnívoros bípedes -- aumentou. "Não temos a menor idéia de como explicar isso", diz Brusatte. "É muito esquisito. Uma coisa deveria estar ligada à outra, mas não está. Pode ser só um problema de viés na nossa amostra, mas ainda não temos certeza."

De uma coisa, no entanto, o grupo está convicto: a taxa evolutiva de dinossauros e crurotársios é essencialmente igual. E pior: os crurotársios parecem ter ocupado um "morfoespaço" maior, ou seja, teriam desenvolvido uma variedade mais ampla de formas e estilos de vida do que os dinos. Alguns até "imitavam" certos tipos de dinossauros e chegavam a ser mais numerosos que eles em vários ecossistemas. Estavam, portanto, equipadíssimos para sobreviver e prosperar -- se não fosse a extinção em massa do fim do Triássico.

"O interessante é que essa extinção na barreira entre Triássico e Jurássico foi umas cinco grandes da história da Terra -- tão ruim quanto a que acabou com os próprios dinossauros há 65 milhões de anos", conta Brusatte. As causas ainda são nebulosas, mas parece haver uma ligação entre a hecatombe e um aquecimento global violentíssimo. Os dinos teriam escapado por pura sorte, já que a extinção de grupos animais nesses eventos é basicamente aleatória.

Sorte, sorte, sorte - Mas não seria possível estar "preparado" biologicamente para uma extinção em massa. "Sim, mas eu ainda chamo isso de sorte", diz Brusatte. "Em condições normais, se comparássemos os dois grupos, quem teria mais chance de dominar seriam os crurotársios."

Para o paleontólogo, o mesmo vale para o fim da Era dos Dinossauros e o começo da Era dos Mamíferos. A sorte também teria interferido para que o nosso grupo de vertebrados se tornasse dominante, ao mandar um asteróide que acabou com os dinos. "As grandes reviravoltas da história da Terra parecem ser dominadas por esse tipo de fenômeno", afirma ele.


Fonte - G1

domingo, 9 de novembro de 2008

O Aye-Aye

Aye-Aye

INFORMAÇÕES TAXONÔMICAS
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primata
Subordem: Strepsirrhini
Infraordem: Chiromyiformes
Família: Daubentoniidae
Gênero: Daubentonia
Espécie: Daubentonia madagascariensis




Peso: Cerca de 2,5 kg


Comprimento: 30 a 37 cm da cabeça a base da cauda, que mede de 44 a 53 cm.


Habitat: Sobretudo nas florestas da costa oeste da ilha de Madagáscar.


Comportamento: Solitário e noturno. A cria fica com a progenitora durante dois anos.


Dieta: Frutos, cogumelos e insetos.

Pesquisadores descobrem 'perereca de fogo' em floresta da Bahia

Animal de 5,5 cm vive na fronteira entre Mata Atlântica e caatinga.
Além da cor, hábito de carregar ovos nas costas distingue espécie.


Quem der de cara com o anfíbio abaixo pode até pensar, por alguns instantes, que viu um dragão em miniatura. A cor vermelho-brasa é tão marcante que rendeu à perereca o apelido de "chama" -- ou, em latim, Gastrotheca flamma, para ser mais exato. O bichinho, natural de uma área da Bahia onde a Mata Atlântica se encontra com a caatinga, acaba de ser descrito oficialmente por dois pesquisadores brasileiros.

Os detalhes da descoberta estão em artigo na revista científica "Zootaxa", especializada em biodiversidade. A "perereca de fogo" foi encontrada na serra da Jibóia (município de Santa Terezinha) por Flora Acuña Juncá, da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), e teve sua anatomia estudada em detalhes pelo doutorando em zoologia Ivan Nunes, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As razões para o "disfarce de dragão" do bichinho de 5,5 cm ainda não estão claros, contou Nunes ao G1. "A gente tem apenas um exemplar [uma fêmea], o bicho é raro em coleções", diz ele. "Todo anfíbio tem algum tipo de toxina na pele, e os de cor mais forte normalmente são mais venenosos. Mas também há bichos muito coloridos que apenas simulam o veneno, sem tê-lo de verdade. Ainda não dá para dizer qual é o caso desse bicho."

Segundo o especialista, outra dificuldade de estudar o bicho é o fato de ele viver no dossel, o "andar de cima" das florestas. Só é possível capturar indivíduos para estudo nas raras vezes em que eles descem e se tornam mais visíveis para os pesquisadores. No caso da "perereca de fogo", esse habitat é uma caatinga bem mais arborizada que a média, ainda com forte influência da Mata Atlântica, ecossistema onde se encontram as outras seis espécies do gênero Gastrotheca no Brasil.

Peculiaridades

Duas coisas um tanto misteriosas cercam as pererecas Gastrotheca. O primeiro é justamente o fato de existirem sete espécies "perdidas" na Mata Atlântica, quando há dezenas de outras... nos Andes, a quase 1.500 km de distância. "O que se imagina é que havia uma ligação entre a Amazônia e a Mata Atlântica, permitindo que as espécies chegassem até aqui", explica Nunes.

O outro detalhe esquisito é a presença de uma bolsa, que lembra a dos cangurus, nas costas das fêmeas. Os ovos são carregados ali dentro até completar seu desenvolvimento, um cuidado com a prole incomum entre anfíbios. Aliás, o nome Gastrotheca (bolsa no estômago, em grego latinizado) é um erro, já que o marsúpio fica nas costas. "A gente brinca que ela deveria se chamar Dorsotheca", diz Nunes.


Fonte - G1