sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Descaso Humano

Herbicidas podem estar por trás de mortandade de sapos

Substância faz parasita proliferar e ataca sistema imune de anfíbios.

A mortandade generalizada de sapos, rãs e outros anfíbios mundo afora, que constitui uma das maiores crises ambientais dos últimos anos, ganhou um novo e letal vilão. Estamos falando da atrazina, um herbicida amplamente usado na agricultura cuja ação devastadora contra esses bichos está sendo elucidada por pesquisadores americanos. A atrazina faz com que, ao mesmo tempo, os principais parasitas dos anfíbios se multipliquem e o sistema de defesa do organismo deles fique debilitado. O resultado? Uma hecatombe.

A atrazina representa uma "pancada dupla". O primeiro golpe está relacionado à infecção por trematóides -- vermes aparentados aos causadores da esquistossomose, a popular "barriga d'água", em humanos. Em anfíbios como sapos, rãs, pererecas e salamandras, seu efeito é ainda mais dramático: malformações grotescas dos membros, danos nos rins, inchaços severos e morte. A hipótese é que a atrazina estava ajudando os trematóides a se multiplicar mais do que o normal.



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