quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Direto do Orkut de Chintia...


O que é que é isso?
Mutação?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Por que morcegos ficam de cabeça para baixo?


Essa posição facilita a saída dos morcegos para o vôo. A característica tem a ver com o fato de que eles são os únicos mamíferos que voam. Várias estruturas desses animais sofreram mudanças durante sua evolução, em um período de cerca de 50 milhões de anos, para que eles adquirissem o hábito de voar.

Os morcegos se desprendem do local onde estão, abrem as asas, planam e em seguida, batem as asas. "Para que esses animais possam ficar de cabeça para baixo por longos períodos, houve a rotação em 180 graus dos seus membros inferiores: isto é, as plantas dos pés desses animais se voltaram para frente", disse a bióloga Susi Missel Pacheco.

A circulação do sangue também foi modificada. Artérias e veias têm válvulas que, ao serem contraídas, fazem o sangue circular para cima, o que garante que todos os órgãos do corpo recebam oxigênio mesmo quando ele está de cabeça para baixo, explicou a bióloga.

Além disso, os tendões - cordões fibrosos que se ligam aos ossos e músculos e têm a função de flexionar as articulações - permitem que os morcegos prendam-se firmemente pelas garras dos pés a qualquer lugar. Os morcegos podem ser encontrados pendurados de cabeça para baixo até quando estão mortos. "A musculatura e a força imposta pelos tendões permanece mesmo após a morte", afirmou a bióloga. É também nessa posição que morcegos têm seus filhotes.


Os animais sonham?


Você alguma vez já percebeu que seu cachorro ou gato se mexe enquanto dorme, ou emite sons durante o sono? Pois saiba que o bichinho pode estar sonhando. "O sonho de um gato ou cachorro pode ser influenciado pelo ambiente em que ele convive. Se o animal vive em um ambiente barulhento e onde ele não recebe atenção, poderá dormir pouco, se tornando estressado e solitário", avisa a psicobióloga Silvia Helena Cardoso.

Por outro lado, os bichos que vivem em um ambiente tranqüilo e recebem carinho e atenção tendem a ter o sono mais tranqüilo. De acordo com Silvia, as afirmações levam em conta registros de exames feitos em diversos animais.

Conforme a especialista, é importante ainda respeitar os animais durante o descanso e deixar que eles durmam tranqüilamente. "O momento em que o sono é mais profundo, conhecido como REM, é necessário para o equilíbrio e bem-estar dos bichos", salienta. Ela ressalta que estudos mostram que o sono REM só se apresenta em aves e mamíferos, ou seja, animais de sangue quente. Entre eles estão ratos, gatos, cães, macacos e elefantes. "Experimentos com animais como répteis, por exemplo, não apresentaram indícios de sono REM", destaca Silvia.

Já o Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicou um estudo no qual se tentou investigar o conteúdo dos sonhos dos animais. Analisando os padrões cerebrais de ratos em estado de alerta e depois quando os bichos estão dormindo, os cientistas do MIT conseguiram criar uma base de comparação de dados. Conforme o experimento, realizado em 2001, foi possível identificar que os ratos sonham com atividades ligadas à rotina do dia-a-dia como, por exemplo, correr em um labirinto, ou então com comida.

Conforme a pesquisadora Silvia, a quantidade de sono nos animais é inversamente relacionada ao grau pelo qual as espécies devem lidar com o perigo predatório, ou seja, as espécies vulneráveis a predadores tendem a dormir menos. "Alguns animais grandes como elefantes, vacas e cavalos também dormem pouco, pois gastam grande quantidade de tempo fazendo estocagem de alimentos", explica.

Os peixes sentem sede?


Para saber se os peixes sentem sede, primeiro é preciso definir: o que é sentir sede? O professor de fisiologia animal comparada da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) Euclydes Antônio dos Santos Filho define como a sensação que conduz o animal à busca de água.

Ele explica que os animais precisam ter um balanço adequado entre a quantidade de água em suas células e as partículas sólidas dentro das células. Humanos e outros animais terrestres perdem água a toda hora - suando ou na respiração. Quando o cérebro percebe a perda de líquido, aciona a sensação de sede para os repor.

Tudo bem, mas e os peixes? Santos diz ser impossível saber se eles sentem sede, por uma razão muito simples: "Ninguém sabe o que um peixe realmente sente". Além disso, não faz muito sentido pensar na sede comum, de buscar água - afinal, eles estão na água o tempo inteiro.

"Os peixes de água doce têm uma tendência contínua de ganharem água, e não de perderem", explica Santos. A água entra principalmente pelas brânquias, por osmose. Como estão sempre ganhando água, não devem sentir sede, arrisca.

Por outro lado, os peixes marítimos podem ser os que mais chegam perto de sentir sede como nós. Como eles têm menor concentração de sólidos em seu corpo do que na água do mar - que é rica em sais -, tendem a perder água pelas brânquias em vez de ganhar. Por isso, passam bebendo a água que perdem, e o aparelho digestivo trata de retirar o sal, que sai também pelas brânquias.

Ou seja: se é que algum peixe sente sede, é mais provável que seja uma anchova, de mar, do que um lambari, de rio.


Como e por que os camaleões mudam de cor?

Répteis da ordem dos lacertílios, a mesma dos lagartos e lagartixas, os camaleões se alimentam basicamente de insetos. Na hora da caça, ele se movimenta lentamente para não assustar sua presa, conta o professor de Biologia Daniel Pereira Rocha: "O sucesso da captura depende de sua língua protáctil, que pode atingir quase um metro na velocidade de um piscar de olhos", conta. Esta lentidão, porém, facilita o ataque de seus predadores, motivo pelo qual o camaleão imita a cor do ambiente onde se encontra, processo conhecido como camuflagem.

Ser confundido com o ambiente é uma estratégia de caça e de defesa. Ao assumir a cor do local onde está - como uma folhagem, um galho ou tronco de uma árvore - o camaleão se camufla para capturar insetos e não ser visto por seus predadores, como cobras e aves de rapina.

Rocha explica que cérebro do animal interpreta as cores do ambiente, por meio da visão, e libera hormônios que atuarão nos cromatóforos da pele, as células que dão cor ao animal, ocasionando a mudança. O professor diz ainda que a camuflagem ocorre involuntariamente, e que cada uma das mais de 80 espécies de camaleão possui um gama de pigmentos própria, em geral nos tons amarelos, marrons ou avermelhados.

Rocha ressalta que um camaleão cego provavelmente não sobreviveria na floresta, já que não poderia ver a caça ou o predador: "Ele morreria de fome ou seria comido rapidamente por outros animais logo após a eclosão do ovo. Se ficar cego depois de adulto, morrerá pelo mesmo motivo. Sem ver a luz, o cérebro não dá comandos para imitar o ambiente".


Por que ninguém conhece a cabeça do bacalhau?




Grande parte dos brasileiros não conhece a cabeça de bacalhau porque o Gadus morhua, nome científico do verdadeiro bacalhau, não existe no País, informou o oceanógrafo da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Luciano Gomes Fischer. Além disso, após ter as vísceras retiradas, o bacalhau passa por um processo de salga e cura, onde é retirada em média 50% da sua umidade, e nesse processo é também retirada a cabeça do peixe, que não tem valor comercial e impede a salga.

Como todo o bacalhau que entra no Brasil é importado salgado e seco, as alternativas para ver a cabeça de um legítimo bacalhau são através de fotografias, em coleções científicas, ou ainda viajando para os mares do Norte. O bacalhau tem sua origem em um peixe nobre que vive nos mares limpos e frios do Atlântico Norte cuja carne, seca e salgada, é muito apreciada na culinária internacional. Os maiores produtores de bacalhau do mundo são Noruega, Islândia, Portugal, Espanha, Itália, França e Canadá.

Atualmente, existem cinco tipos de peixes salgados e secos no mercado brasileiro, importados da Noruega e de outros países, mas apenas dois podem tecnicamente receber a denominação "bacalhau" - Atlantic Cod Gadus morhua ou Legítimo Bacalhau do Porto e Pacific Cod Gadus macrocephalus ou Bacalhau do Pacífico (um "clone" do legítimo; o G. macrocephalus é pescado no Pacífico Norte e é muito parecido com o legítimo quando salgado e seco, mas é completamente diferente quando preparado, porque é mais fibroso, não se desmancha em lascas e seu sabor é totalmente diferente. Os demais (Saithe, Ling e Zarbo) deveriam ser classificados como peixes salgados e secos, mas convenientemente também recebem no comércio a denominação de bacalhau. Confira.

O Legítimo Bacalhau do Porto alcança bons preços no mercado, que variam de acordo com o exemplar, peixes maiores são mais caros porque são mais raros de serem capturados e mais desejados.

O Tarsius

Primata que não era visto desde 1921 é encontrado na Indonésia

O tarsius tem o tamanho de um rato e pesa cerca de 50 gramas. Segundo a pesquisadora que comandou o estudo, há outros primatas por descobrir na Indonésia

 Reprodução

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas encontrou um grupo de primatas que se pensava extinto há mais de 85 anos. O tarsius pigmeu é um animal do tamanho de um rato e que pesa cerca de 50 gramas. Ele lembra um furby, personagem peludo de brinquedo lançado nos anos de 1990. A última vez que um tarsius foi visto com vida foi em 1921, apesar de dois indonésios terem acidentalmente capturado e matado um exemplar em 2000.

Liderada por Sharon Gursky-Doyen, uma antropóloga especializada em primatas não-humanos, a equipe capturou três destes animais de hábitos noturnos no fim de agosto. O que distingue a espécie, segundo a pesquisadora, é que ao contrário dos outros primatas, o tarsius possui garras em vez de unhas – uma possível adaptação ao meio repleto de musgo onde vivem.

 Reprodução

Para chegar os tarsius, os cientistas utilizaram 276 redes. Eles capturaram dois machos e uma fêmea que vivem no Parque Nacional Lore Lindu, em Sulawesi, na Indonésia. Após capturarem os animais, os estudiosos colocaram colares com radiotransmissores para monitoramento.

Além do desafio de encontrar exemplares vivos da espécie, a equipe de Gursky-Doyen tinha como objetivo identificar comportamentos maternais não-usuais desses primatas e sua relação com os ciclos lunares.

A pesquisadora americana começou sua pesquisa na região central da Indonésia em 1993. Sua principal assistente é a aluna de graduação Nanda Grow, com quem irá escrever a dissertação com os resultados do estudo. Com a pesquisa patrocinada por diversas entidades de porte, como a National Geografic Society, Gursky-Doye pretende tirar a espécie do esquecimento. Mas isso não é tudo. “Existem espécies de primatas a serem descobertas na Indonésia. Nem todas foram vistas, ouvidas e descritas”, diz a pesquisadora.