sábado, 1 de novembro de 2008


Os celenterados incluem hidras, caravelas, medusas e corais; são animais marinhos, principalmente de regiões costeiras de mares tropicais.
Os celenterados possuem três grupos principais: hidróides, com cerca de 3.000 espécies; águas-vivas com cerca de 200 espécies; anêmonas e corais com cerca de 6.000 espécies.
Como as esponjas, os celenterados são animais semelhantes a um saco. Mas o corpo dos celenterados tem apenas uma abertura que serve, ao mesmo tempo, de boca e de ânus. O corpo é formado por duas paredes ou camadas dérmicas (de pele), uma externa, o ectoderma, outra interna, o endoderma. Em geral, as células do endoderma possuem flagelos, "pêlos" semelhantes aos cílios porém mais compridos. Entre as duas camadas dérmicas existem células nervosas e uma matéria gelatinosa. No caso da hidra, essa massa gelatinosa forma quase todo o corpo das medusas (as conhecidas águas-vivas) e dão a elas seu aspecto transparente.
Todos os celenterados são aquáticos. Eles podem se fixar no fundo do mar (ou de rios) ou a plantas, sozinhos ou formando colônias de muitos indivíduos, como no caso dos pólipos. Eles também podem nadar livremente, como fazem as medusas. Livres ou fixos, todos os celenterados são predadores. Possuem tentáculos ao redor da boca e no ectoderma dos tentáculos há células que contêm veneno. Quando alguma coisa as toca o cílio sensorial é estimulado e faz lançar um filamento que injeta o veneno na cavidade central do celenterado. Em seguida, cada uma das células grandes do endoderma obsorve e acaba de digerir um pouco de alimento. Cada célula também respira e retira sozinha todas as funções, e isso dá a esses animais um grande poder de regeneração. Dessa forma, de uma hidra cortada em cinco pedaços surgem depois de alguns dias cinco hidras completas outra vez.
A reprodução algumas vezes é assexuada, por divisão ou brotamento, mas todas as espécies de celenterados podem se reproduzir sexualmente. AAs células sexuais - óvulo e espermatozóide - se juntam no ectoderma. Os espermatozóides são sempre lançados na água. Isso também acontece com os óvulos de algumas espécies (medusas), mas em geral, como no caso da hidra, o óvulo fica preso à fêmea, que transporta o embrião até ele começar a crescer. Há casos em que os ovos se desenvolvem dentro do endoderma e o crescimento do embrião ocorre dentro da cavidade central; um exemplo disso é a anêmona-do-mar.
Os celenterados produzem lesões através de nematocistes localizadas nos tentáculos ou espalhadas ao longo do corpo. Teoricamente, todos os celenterados equipados com nematocistes são capazes de produzir lesões nos seres humanos, desde simples dermatites até a morte. Esses efeitos dependem da espécie de celenterado causador do acidente, da região geográfica, do poder de penetração das nematocistes e da região do corpo exposta a elas e, principalmente, da sensibilidade da vítima à ação da peçonha.
Os espécimes das famílias Olindiadidae e Physoliidae podem provocar acidentes mais graves, incluisve óbito.
As espécimes das famílias Milleporidae, Pennariidae, Plumulariidae e Rhizophysidae produzem sensação de queimadura ou agulhada e reações locais, como eritema, urticária, equimoses, fictenas, exantema morbiliforme, pústula ou descamação. às vezes também há dores abdominais , febre e diarréia. A caravela (fig. ao lado), physalia physalis, rica no litoral brasileiro, possui pneumoróforo flutuante e filamentos submersos, ora curtos, ora longos, podendo chegar ao comprimento de vários metros, onde são encontrados os nematocistos, que, em caso de acidentes, devem ser retirados da pele, pois continuam a inocular veneno.

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